terça-feira, 22 de outubro de 2013

BABACAS




Hoje, queria muito falar sobre “pessoas babacas”. Pessoas babacas, são pessoas que, em sua grande maioria, possuem nível intelectual muito escasso e procuram desenrolar seus problemas até chegarem a alguma solução – se é que chegam – atravessando os limites de outras pessoas, chamadas “não babacas”.

Mais precisamente, pessoas babacas não respeitam as pessoas como elas são. Eles preferem hostilizar, por exemplo, até um gatinho meigo, se isso for necessário para sua autoafirmação. Para pessoas babacas é mais fácil não gostar do que tentar entender. Logo, eles não gostam de nada, porque afinal, não entendem nada.

Babacas nunca atacam o argumento, mas sempre atacam o argumentador. Babacas não sabem conversar. Babacas contam vantagem por tudo. Babacas costumam ostentar. Babacas, são pessoas babacas sendo babacas.

Para aprofundar no assunto, vasculhei na internet – coisa que pessoas babacas não sabem fazer e criticam as pessoas que sabem chamando-as de “cults”, “hipsters” ou “pseudo intelectuais” – os significados da palavra babaca, de quais palavras ela se deriva, etc, etc, etc.

Segundo o site “Dicionário informal” a palavra babaca pode ser substituída nos textos Brasil afora, por palavras como: otário, bobo, mané, zé ruela, imbecil, trouxa, lambe botas – gostei muito desse alias-, babão, desajeitado, pateta, bestalhão, bocó, tolo e muitas outras palavras. Acalentando esta informação, acrescento a resposta mais votada no “yahoo respostas”, que esclarece a dúvida para o significado e a origem da palavra “babaca”.

“É uma palavra de origem indígena. Possui valor pejorativo no léxico do português brasileiro e é uma redução da palavra “babaquara”, que significa “aquele que não sabe nada”. Por preconceito urbano contra gente do interior, passou a ser sinônimo de caipira, tido por tolo”. Em contrapartida, podemos encontrar no resquício histórico, que quem criou a palavra “babaca” foi alguma pessoa babaca, porque afinal, preconceito e xenofobia é, sem dúvidas, coisa de babaca.

Manifestação

Pra começar: ninguém nasce babaca. Pessoas babacas se fazem babacas, porque, por algum motivo, a babaquice acaba se tornando sua principal e, talvez, única maneira de sobreviver neste mundo cruel em que vivemos.

Sim, acredite, pessoas babacas são babacas por que se sentem oprimidas. Partindo deste princípio temos nosso primeiro rascunho da babaquice: a babaquice é utilizada como meio de defesa.

Se uma pessoa for babaca com você, tenha certeza de que ela se sente amedrontada por sua presença, pelo seu coração pulsando ou pelo seu simples sorriso. Pessoas babacas possuem alto nível de complexo de inferioridade. Para tanto, os babacas tendem a fazer com que seus oponentes – as pessoas não babacas – se sintam no mesmo nível que elas, nem que seja por algum segundo.

Exemplos:
Se a pessoa babaca em questão for feia, e você, bonita, o sonho dela será te esfacelar no asfalto quente, para que desta forma, ela se sinta tranquila, afinal, seu rosto será tão feio quanto o dela.

Se a pessoa for gorda, e for babaca, não sei o que ela faria. Dar Burger King de graça é que ela não vai, então, talvez seja mais perigoso. Fuja para as montanhas, pois o rei momo babaca pode querer se vingar apenas pelo fato de seu biótipo favorecer seu corpo com metabolismo acelerado. Só pessoas babacas tem vergonha de si mesmas quando são gordas. Só pessoas babacas ficam se martirizando por não conseguirem parar de comer. Tenho amigos gordos, e eles dizem “foda-se, vou comer mesmo”,estes, claro, não são babacas.

Se a pessoa for incapaz de conseguir um emprego ou de conquistar mérito por trabalhos realizados em casa, no âmbito acadêmico ou no âmbito profissional, bom, adivinhe: ele vai dizer que você consegue tudo o que consegue por algum motivo, menos pelo fato de você ser simplesmente melhor que ele.

A babaquice deixa as pessoas cegas, e isso afeta esse tipo de pessoa em vários aspectos, inclusive no financeiro.  É, pessoas babacas costumam ser pobres e não desfrutam nenhum pouco do seu próprio dinheiro, pois gastam com bens materiais industrializados, e não com bens livres, como viagens, passeios, festas divertidas ou eventos de música boa.

Se a pessoa babaca praticar algum tipo de arte marcial e você não, tome cuidado, muito cuidado. Pessoas babacas são covardes em sua essência.

Como me esqueci de dizer? A covardia é peça chave em uma ação babaca. Sim, pessoas babacas costumam se manifestar por meio da força, sobre pessoas que mal podem se defender ou que tiveram criação familiar que dizia que o mundo era feito de paz e que ninguém precisava se preparar para a guerra.

Se a pessoa babaca é líder de alguma coisa, se prepare, pois, esse é o pior tipo de babaca.

Se você possui uma visão ultravioleta/raio-x/infravermelho/anti-babacas, se prepare para uma grande confusão. O líder babaca é um grande problema para a sociedade, pois possui um dom que nenhum outro tipo de babaca possui: a persuasão. Por meio desse dom, eles podem orientar, disseminar, expandir, dominar, confundir, reunir e enganar muitas pessoas não babacas, e com muita facilidade.

Mas calma, se você for um não babaca e estiver lendo este texto, tome nota: para descobrir se a pessoa em questão é um líder babaca, basta discordar sobre algum ponto de vista que, para você, seja crucial, algo que você possa defender com unhas e dentes. Feito isso, é como esperar pelo miojo na panela – em pouco mais de 2 minutos o babaca líder sairá quentinho do fogo. Cuidado, o fogo é o da raiva mesmo.

Enfim, estas foram as “manifestações” mais comuns de um babaca.

Como vivem

A explicação é muito simples. As pessoas babacas vivem sempre em uma zona de conforto composta por alguma coisa. Pode ser dinheiro, força, feiura –assustadora -, armas, outros amigos babacas, enfim, tudo o que faça a vida dele ser mais fácil.

A vida de um babaca gira em torno da “tentativa e erro”. O babaca, assim como qualquer ser humano, é ganancioso. No entanto, o viés pelo qual ele busca atingir suas metas é a babaquice. Para tanto, ele executa ações onde não existe outro foco a não ser exteriorizar sua frustração perante o “inimigo”. Pois é, babacas transformam qualquer não babaca que esteja na sua frente em inimigos. Por isso as guerras, as brigas, as intrigas. O mundo é mesmo repleto de babacas.

Habitat

O habitat das pessoas babacas é algo indefinido. Não depende da classe social, da etnia, do estilo. Tampouco é possível qualificar um babaca por suas roupas ou musicas que ouve, ou livros que lê.

Os babacas estão na sua escola, no cursinho de inglês, no seu trabalho. Eles estão também no ônibus que você pega todos os dias, estão nas boates, nas igrejas, nos shows, nos restaurantes, no seu bairro, na sua rua. Por isso eu digo: não adianta ser preconceituoso. O necessário é observar as manifestações de babaquice, para que depois você possa segurar o “pós-conceito” com unhas e dentes e nunca mais abaixar a guarda.

Babacas vs. Não babacas

O grande problema nesse duelo é que, os rivais são irredutíveis. Entenda.

Babacas fazem babaquice com quem eles não respeitam. Pessoas não babacas não fazem babaquice, logo, os babacas não as respeitam. E as pessoas babacas são o tipo de pessoa que mais enchem o saco/aglomeram/são desnecessárias/irritam/transbordam problemas no planeta terra, só pelo simples fato de respirarem. Então, focalize tudo isso - como se você fosse um babaca – em seu inimigo. Pense no quanto as pessoas não babacas sofrem com os babacas.

Mas o problema nessa guerra infinita, é que, ela não é justa. E lá vem a surpresa: os babacas são babacas por se sentirem inferiores, então, eles são mesmo inferiores. Sendo assim, os não babacas, de forma discrepante, conseguem sempre se sobressair. Os babacas agem com ignorância, não fazem o serviço direito. Os não babacas são incisivos. Os babacas são retrógrados, os não babacas estão sempre um ou dois passos a frente dos babacas. E esse é o motivo de tanta fúria e revelia.

Recado

Se você ler esse texto, e se sentir ofendido, e chegar a refletir por algum motivo, como por exemplo: “poxa, eu não sou babaca” ou “eu me enquadro em uma vírgula desta citação e não sou um babaca”. Bem, fique feliz, é claro que você não é um babaca. Pessoas babacas não entendem que são babacas, elas são como autistas. Não compreendem o mundo a sua volta e seu contexto, na verdade não compreendem nada que lhe convém e por isso são babacas.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

O direito de ser você, sem deixar de ser igual a mim


De fato, vivemos em um país com estado ditatorial maquiado. Não temos direito de escolha. Nossas opções só se diferenciam entre nome e bandeira, mas quase sempre, o que estas bandeiras representam são as mesmas coisas. Não existe interesse naquilo que é interessante para nós. Não existe carinho com o que é mais necessário para nós. Mas isso ocorre no Brasil a tanto tempo, que já o caracterizou como um pais corrupto. Ótimo.

No entanto, para garantir a eficiência desta forma de governo, é fácil observar o principal macete. Embora o governo trate nossas reivindicações como se fossem simples números, pra nos manipular eles usam e abusam no nosso lado mais humano. Atacam por todo viés, de forma a nos separar e iludir. Assim, em todas as cidades surgem grupos e subgrupos. Pessoas que lutam por direitos distintos, por ideais distintos. Quanto mais bandeiras, mais divisões. Atenuam-se as diferenças e pronto, o povo fica contra o próprio povo. Luta entre classes, entre religiões, entre novos e antigos costumes, entre cores e culturas. O desequilíbrio social não é só financeiro, e as diferenças se tornam desavenças com finais trágicos e violentos.
 
Mas agora, o estado pecou. Agora, o estado atingiu a todos em um mesmo ponto, e a única coisa que talvez esclareça de uma vez por todas que devemos lembrar o quanto somos parecidos. No presente momento, o estado atacou os nossos bolsos. Atacou o nosso dinheiro bruscamente, por meio da cobrança sobre um serviço público VITAL para a cidadania. Centavos a mais para utilizarmos nosso direito de ir e vir. O que somos se não pudermos ir onde quisermos ir? 

Chegou a hora de lembrar que somos cidadãos brasileiros e tão pouco importa nossas causas primordiais se não formos capazes de nos unirmos perante uma causa comum. Agora, o estado nos deu o DIREITO de sermos um só. Somos o povo finalmente. Nem paus, nem pedras, nem bandeiras. Use sua voz, seu corpo e sua mente, marche e mostre que você existe. 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Limpo

Que um dia aconteça o apartheid entre o bem e o mau. Que um dia a evolução seja nossa aliada principal, e que a mudança seja mental e não apenas comportamental. Que um dia as palavras de honra sejam as mesmas do começo até o final, que outrora tudo que aconteça de ruim, seja aprendizado e não considerado castigo sacramentado. Que todo mundo possa, mais tarde, andar sossegado pela rua, e que bandeiras e ideias não representem penhascos entre as pessoas. Que nunca exista todas as respostas para todas as perguntas, porque mesmo não existindo, algumas pessoas acham que sabem mais, mesmo apenas achando, esquecendo que achar não é saber porra nenhuma. Que a violência sempre gere espanto, e que a serenidade se torne cotidiano, que o dinheiro não compre mais silêncio, e que nenhuma mordaça socioeconômica cale a boca de quem mora longe do centro. Que as pessoas se curvem mais para aprender vendo e ouvindo, porque o Google é só um site, não é um mestre e tão pouco é vivido. Que o coração das pessoas, seja o mesmo das cartas de amor, com o "M" de mais em cima, e "V" de valor embaixo, que é pra mostrar sempre que o que importa mesmo, ta com a gente e muito bem guardado. 

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Longe

Até quando iremos procurar as soluções para o amanhã, no passado distante? Onde já se viu, reaprender dialetos, e pedaços de ossos, como forma de compreender pessoas vivas, fortes e sadias bem ai na sua frente? O ontem já é um passado, comece pelo que está mais fácil. E nunca esqueça, que se essa for a única forma, o que serão de nossos primogênitos? O que deixaremos como "bons ancestrais"? Não existe mais sagrado e nem objetos, costumes e regras sacramentadas. Nessa era de velocidade, podemos ser mais velozes na forma de nos compreendermos. Pensar a longo prazo não significa percorrer um longo caminho ao passado para poder pensar. 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Piracicaba: Mobilidade zero


Não é de hoje que Piracicaba pode ser comparada a grandes metrópoles pelo grande número de empresas, indústrias e de população. E esta população que não para de crescer, também não para de comprar carros e motos em geral, sendo que recentemente a redução do IPI em todo o Brasil tem colaborado muito para isso.

A quantidade excessiva de veículos pode se tornar um grande problema para o trânsito da cidade, que não possui vias preparadas para receber tal demanda. Isso pode ser notado com facilidade nas regiões onde não existia trafego pesado de veículos, mas que hoje em horários de pico acabam tendo grandes engarrafamentos. Regiões como as vias que ligam o centro da cidade à zona leste.

Av. Dois Córregos
Decorrente da quantidade de famílias que tem se mudado para áreas afastadas da cidade, na busca por bairros mais tranquilos, a zona leste hoje está comportando grande número de novos moradores, em loteamentos recentes ou em prédios recém inaugurados. Apenas na extensão da avenida Dois Córregos, que cruza os bairros Morumbi, Noiva da Colina, Parque Prezoto e Jardim Novo Iguaçú, é possível encontrar 4 novos condomínios. Novos moradores, novos carros, mais pessoas indo e voltando do trabalho no mesmo horário, e na maioria das vezes o labor destas pessoas é localizado na região central.
Os locais onde ocorrem o encontro de todos estes veículos antes de serem distribuídos entre as avenidas Dois Córregos, Dr. Cássio Pascoal Padovani e Rio das Pedras – vias de acesso à zona leste, é a avenida Piracicamirim. 

“ Em horário de pico o trânsito aqui é horrível, já vi acidente com motoqueiro, porque eles tem que cortar tudo mesmo, se não acabam ficando presos no trânsito igual aos carros. Acho que isso se deve ao aumento do número de moradores nesta região”, queixou-se Marcos, gerente de loja que fica localizada na avenida Piracicamirim. José Adão Ribeiro, 46, motoboy a 8 anos, diz que hoje em dia a procura por moto taxistas tem aumentado, porque com a moto é possível cortar o trânsito pelos corredores das avenidas. “ Já perdi amigos que trabalhavam com moto, devido a acidente de trânsito e quanto mais a cidade crescer, sem o amparo da prefeitura em relação ao trânsito, mais pessoas vão procurar por esta forma de se locomover, o que pode ser bem perigoso, tendo em vista a má formação dos condutores e as situações extremas em que somos colocados em horários de pico.”

Segundo o Departamento de Trânsito de São Paulo ( Detran-SP), hoje em Piracicaba existem 253.616 veículos licenciados para uma população de 364.571 pessoas. A parcela da população que não possui veículo pode ser considerada pequena. Como os problemas com o trânsito na cidade já são de conhecimento público, o secretário Paulo Prates, acredita que desde a criação do Ciet (Centro Infantil de Educação Para o Trânsito) , os problemas tendem a serem amenizados gradativamente. O Ciet busca educar crianças e adolescentes, como uma tentativa de fazer com que no futuro o trânsito seja melhor, principalmente com o respeito dos motoristas às regras de trânsito e ao CTB (Código de Transito Brasileiro).
Av. Prof. Alberto Vollet Sachs


Obras realizadas
Em 2010 foram realizadas obras para a duplicação da avenida Rio Das Pedras, que parte do cruzamento entre a avenida Professor Alberto Vollet Sachs e Piracicamirim, e cruza os bairros Parque Prezoto, Alvoarada, Sol Nascente e Pompeia. Ainda que a obra tenha sido realizada com o intuito de amenizar os problemas com o trânsito desta região, a obra teve impacto negativo junto à opinião pública, devido ao fato de que afetou uma área de preservação ambiental, e desviou o curso do manancial que percorre aquele trecho.

Av. Pádua Dias



Encontro das avenidas 

Sem rota alternativa
Uma forma de acesso rápido, que até recentemente colaborava com os motoristas para o acesso ao centro partindo da zona leste, é a rodovia Luiz de Queiroz, que termina na avenida Pádua Dias, que dá acesso as avenidas Independência, Carlos Botelho e Centenário. Mas hoje já podemos notar uma confusão de veículos, que se juntam no momento em que os carros que vem da av. Independência se cruzam com os carros que vem da rodovia Luiz de Queiroz. Muitas pessoas já tomaram ciência deste trajeto, na tentativa de facilitar a chegada ao trabalho, ou do retorno aos seus lares, logo já não resta nenhuma alternativa, se não por parte do poder público.


Mobilidade
Piracicaba, mesmo tendo vários grupos de pessoas se organizando para realizar passeatas, protestos e reenvidicações pela causa da mobilidade pública, tais como melhoria da pavimentação das calçadas, construção de ciclovias e até melhoria no transporte público, muito pouco é feito. Muitas pessoas compreendem a necessidade de deixar os automóveis dentro da garagem, mas não podem o fazer, a não ser que corram certos riscos em meio ao trânsito da cidade.




Lembre-se dela.


Ela é sua companheira. Com ela você pode espairecer,  junto a ela você pode conversar consigo mesmo. Ela pode não ser sua melhor amiga por não te responder as  vezes, quando você mais precisa, mas não é que dizem que uma ação vale mais que mil palavras? Ela pode te levar a todos os lugares que sua força de vontade queiram te levar, ela pode te fazer fugir do calor, pode trazer o vento pra sua cara. Sem ela, talvez você nunca teria tido uma infância tão divertida. Aposto que hoje, ela pode ser até um tanto esquecida, mas as cicatrizes no seu corpo, devido aos tombos que vocês levaram juntos, ainda estão ai, é só olhar pra relembrar e ver quanta história vocês tiveram.  Sim, hoje mais do que nunca, você e ela, rumando juntos pra qualquer lugar, podem significar uma forma de salvar o mundo. Lembre-se dela, lembre-se, por favor. Quando você fez 18 anos, e comprou um carro, tenho certeza que sua vida ficou mais fácil, mas também tenho certeza que tudo perdeu o valor, o apreço, e a intensidade. Lembre-se dela. Com ela, você pode melhorar o ar que respira, o ar que todos nós respiramos, com ela você pode entrar em forma, e dar mais vida ao seu corpo, com ela você pode encontrar seus limites, e desafia-los, com ela você pode sentir um pouco mais de vida, além de toda a rotina que a maturidade nos impõem. Sim, é ela mesma! Sua magrela, sua bike, sua BICICLETA. Nunca é tarde para se estar junto de uma velha amiga.

Prove que você quer estar vivo, e que quer sua cidade com o trânsito que possibilite a vida dos cidadãos, e não a sobrevivência. 

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Por traz da fumaça


Como forma de ação direta contra a facilidade com que jovens vem sendo atraídos para o vício do cigarro, a Anvisa ( Agência Nacional de Vigilância sanitária ) decidiu proibir a indústria tabagista de fabricar cigarros com sabores.

Entretanto, em meio a uma ação totalmente positiva em relação a saúde pública do Brasil, podemos encontrar uma grande perda de tempo. Com certeza o sabor do cigarro é a ultima coisa que faz jovens e adultos começarem a fumar. Tendo em vista que na maioria dos casos o cigarro surge como uma válvula de escape devido a grande sobrecarga de problemas que não passam de problemas sociais, é de fácil compreensão que se a pessoa não encontra uma forma de o fazer, fará de outra, e se a dependência já estiver a nível químico e psíquico, muito facilmente estes enfermos optaram para outro tipo de droga, seja lícita ou ilícita. 

Por outro lado, a opinião pública maquiada e sem fundamento que serviu de trampolim para a iniciativa da Anvisa, apela com o argumento de que a ideia de proibir os sabores irá dificultar os jovens de buscarem por experimentar o cigarro, e possivelmente se viciar. Além de jovens como exemplo, usam crianças e pré-adolescentes, com o pretexto de que ainda sendo menores de idade não podem decidir sobre o que é certo ou errado em suas vidas, e que a indústria tabagista não pode desfrutar dessa volubilidade de pessoas em fase de crescimento. Argumentos válidos, mas que não trazem a solução por si só, e nem mesmo justificam claramente o objetivo da proibição.

Todo tipo de droga, até mesmo os remédios, causam efeitos em nossos organismos, seja mental ou diretamente em nossos órgãos ou dores. As drogas lícitas também, e entre todas elas o álcool com certeza aparece como o maior agravante social.O álcool ultrapassa as barreias da saúde pública, ele expõem seus números nos gráficos da segurança pública também. Degenera, desequilibra e mata, não apenas quem consome. Mas qual é a iniciativa quanto a isso? Jovens e crianças também consomem álcool, e muitas vezes pelo mesmo motivo social que os usuários de cigarro. 

Maconha, cocaína, crack, heroína, todas essas drogas são consideradas ilícitas, de produção, venda e circulação proibida, mas ainda assim as utilizam, e em algumas cidades o fazem em praça pública a luz do dia. E dizer que o sabor delas é o que faz com que tantas pessoas tornem-se usuário das mesmas é argumento suficiente para criar um ponto a atacar, para reduzir o número de usuários? Com certeza não.



É necessário informação, e nem tão simplesmente sobre cigarros ou qualquer outro tipo de entorpecente. É necessário informação para colaborar com a necessidade de que cada casa precisa ter o pai e a mãe presentes no cotidiano dos filhos, sem violência, sem abuso, sem sobrecarga e sem fome. É necessário fazer uma revisão em todo o sistema que oprime pais de família, que os jogam em balcões de bar pra tentar fugir da realidade. É necessário ajudar pra que esses pais não cheguem em suas casas e surrem seus filhos, ou mal trate sua esposa. 

O problema é bem maior, e tem um gosto bem amargo , tão amargo que nenhum aditivo no cigarro conseguiria amenizar, então não percamos mais tempo com essa discussão, e vamos olhar estrutura toda, e quanto ao exemplo citado, lembrem-se que ele é apenas um dos vários motivos que levam as pessoas as drogas, a qualquer tipo de drogas. Ninguém procuraria nada nas ruas, se tivesse tudo o que precisa dentro de sua própria casa. E nem é preciso ser vítima desses problemas ou fumar, se a questão for argumentar contra essa proibição.