De fato, vivemos em um país com estado ditatorial maquiado. Não temos direito de escolha. Nossas opções só se diferenciam entre nome e bandeira, mas quase sempre, o que estas bandeiras representam são as mesmas coisas. Não existe interesse naquilo que é interessante para nós. Não existe carinho com o que é mais necessário para nós. Mas isso ocorre no Brasil a tanto tempo, que já o caracterizou como um pais corrupto. Ótimo.
No entanto, para garantir a eficiência desta forma de governo, é fácil observar o principal macete. Embora o governo trate nossas reivindicações como se fossem simples números, pra nos manipular eles usam e abusam no nosso lado mais humano. Atacam por todo viés, de forma a nos separar e iludir. Assim, em todas as cidades surgem grupos e subgrupos. Pessoas que lutam por direitos distintos, por ideais distintos. Quanto mais bandeiras, mais divisões. Atenuam-se as diferenças e pronto, o povo fica contra o próprio povo. Luta entre classes, entre religiões, entre novos e antigos costumes, entre cores e culturas. O desequilíbrio social não é só financeiro, e as diferenças se tornam desavenças com finais trágicos e violentos.
Mas agora, o estado pecou. Agora, o estado atingiu a todos em um mesmo ponto, e a única coisa que talvez esclareça de uma vez por todas que devemos lembrar o quanto somos parecidos. No presente momento, o estado atacou os nossos bolsos. Atacou o nosso dinheiro bruscamente, por meio da cobrança sobre um serviço público VITAL para a cidadania. Centavos a mais para utilizarmos nosso direito de ir e vir. O que somos se não pudermos ir onde quisermos ir?
Chegou a hora de lembrar que somos cidadãos brasileiros e tão pouco importa nossas causas primordiais se não formos capazes de nos unirmos perante uma causa comum. Agora, o estado nos deu o DIREITO de sermos um só. Somos o povo finalmente. Nem paus, nem pedras, nem bandeiras. Use sua voz, seu corpo e sua mente, marche e mostre que você existe.

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