sexta-feira, 23 de março de 2012

Arroz com feijão.

Patriarcas. Criacionismo. Crucifixo, suásticas, burcas, chibatas, forcas e guilhotinas. Impostos, terras, dinheiro, guerras, sangue, fome. Sylvester Stallone, Chuck Norris, Adolf Hitler, macarrão ao molho de tomate, Napoleão não faz parte da “Buenaparte”. Ai seu eu te pego, ai ai se eu te pego. Prédios, tijolos de areia. Cobras que voam, mas sem asas consolidadas. Grande altura, destino certo. Corrida em busca de algo que não se tem, que não se pode ver, a linha de chegada é a porta do velório. Pagar para estar preso. Impor através da força. Se a paz fosse comida, não seria um prato para dois. Desculpas esfarrapadas. Tecnologia de guerra, que deslumbra o homem. O homem, princípio da idéia. Epicentro.  “Azinho, azão” , mas pouco importa . Sofrimento, equívoco, Jesus, Kony, Judeus, Animais. Avalanche,  desequilíbrio mental em forma de bola de neve em uma descida infinita. Crianças nascendo, pessoas morrendo. Será que são mesmo pessoas? Intelectualidade, reflexão, tudo a preço de banana. Século XXI você me enganou, eu assisti  Star Wars e Jetsons  também, estou pagando o preço, e quero tudo agora. Cansei de viver a vida do Fred Friston,  e de ser tratado como Homer Simpson. Na minha infância todos os seriados de sucesso eram Americanos, e ainda são, mas eu nunca morei em outro país que não fosse o Brasil. Instituições ruins, profissionais mal pagos, pessoas lamentando pela vida, mas sem vontade de fazer outra coisa além de assistir tudo pela televisão, sentados em um sofá. Crise de asma, céu cinza, chão cinza, sol em cima, espelho embaixo. A chuva não rega mais às flores, as afoga, e a nós também. Não está chovendo mais do que antes, só existe mais concretos do que antes, mas isso vende. Desgraça vende.Pais tropical, herdeiro de nada. “Praia, carnaval, futebol e samba” – Pedro Alvares  Cabral,  1500 d.c . “Praia, carnaval, futebol e samba” – Mc. Catra, 2012 d.c . O tempo não faz com as coisas mudem, apenas representa as chances que perdemos, caso não ocorra evolução.  Bíblia versus Auto-Ajuda. Trocam as bíblias por Paulo Coelho.  O motor continua queimando combustível, mas a fumaça que sobe na periferia não é a mesma que sobe no centro. Foda-se, se fosse bom o que está industrial cultural produz, as chaminés exalariam perfumes .  Liderança é sem dúvidas, a representação da libertinagem. Quem pode manda, e quem tem juízo obedece? Não conheci nada muito a fundo, sobre a época em que meus avós eram jovens, mas de tanto ouvi-los dizer o quanto era bom, passei a pensar que, talvez apenas os problemas foram levados a diante, e todo progresso foi deixado para traz. Não vivemos o retrocesso.  Estamos caminhando rumo a um penhasco. Looping de montanha russa, e o caralho a quatro, muitas formas para explicar o quanto somos capazes de nos adaptar as mudanças. Mudanças ruins.             Patriarcas. Criacionismo. Dólares. Europa em chamas. Chineses falindo as economias com produtos mal feitos, por pessoas mal pagas. Elas são mesmo pagas? Cristãos lavam suas mãos quanto ao holocausto de judeus. Hoje morrem em países da áfrica. Bandeiras não podem mais servir  como escudo. Não adianta mais procurar justificativas para atrocidades em livros sagrados.  Quando durmo, tenho medo de acordar no outro dia. 

terça-feira, 6 de março de 2012

Lentas e desatentas.

Enquanto isso, em alguma viela, pessoas caminham lentas, e desatentas, apenas preservando seu orgulho bem distante dali. Muito provavelmente a unica forma de se sentirem felizes, sem que precisem enganar a si mesmas. As chances de mudança são estáveis, o que não significa que sejam grandes. Cada palavra pra ele, pode ser uma sentença, ou uma benção, projetadas em um imaginário que nem mesmo sob efeito de qualquer tipo de entorpecente você seria capaz de idealizar. A catarse de ver pessoas em lugares com os quais ele sonha, na hora de dormir, fazendo o que ele tem vontade, com pessoas das quais ele sente muito medo, já são mais do que suficiente para a sua auto-aceitação, para que seja eliminada toda e qualquer duvida, sobre toda e qualquer coisa. A muito tempo o sistema vem trabalhando nisso, as maquinas já estão programadas a muito tempo, e estas, não são feitas de ferro, nem precisam de parafusos ou energia elétrica, e nem de qualquer outro tipo de fonte de energia, além de água, pão e fé. Muitas vezes movidas por bem menos que, os frutos da terra, pois a fé, que eterniza a vontade por viver, independente de qualquer circunstância, os faz comer a própria terra em si. São feitas de carne e osso, criadas e aprimoradas, dia após dia, com as mãos firmes e frias, do descaso, esquecimento e alienação. Constroem nossas casas, pavimentam nossas cidades, colhem para os donos do poder, desde a cana de açúcar a pequenos grãos de café, e depois voltam para as suas casas, se é que, possuem casas. Um teto é uma casa, neste mundo de maquinas que, não são fabricadas, mas nascem, mamam, crescem, envelhecem e morrem, mas acima de tudo, não vivem. E enquanto isso, em alguma viela, pessoas caminham lentas, e desatentas, apenas com crenças, e nenhuma certeza.